quarta-feira, 29 de abril de 2015

Futebol Paulistano na TV Aberta

A transmissão de futebol na TV Aberta, na Grande São Paulo, terá seu encerramento no mês de abril nesta quarta-feira (29) com a partida entre Sampaio Correa x Palmeiras, às 22h (horário de Brasília). Os canais Globo e Band transmitem o jogo ida válido pela segunda fase da Copa do Brasil 2015.

Assim, o duelo será o 29º transmitido no ano por ao menos um dos dois canais, desde o início da temporada. São Paulo x Flamengo, na última partida do Torneio amistoso de Manaus, abriu a temporada. Na ocasião, apenas a Rede Globo transmitiu a partida, vencida pelo Mengão (1x0).

Desde então, São Paulo e Corinthians aparecem como equipes mais televisionadas na TV Aberta, com 13 jogos de cada, com três Majestosos transmitidos, dois na Libertadores 2015 apenas pela Globo, e um no Paulista 2015, com a presença também da Band.

Em seguida, aparece o Palmeiras com 7 jogos televisionados (o duelo desta quarta no Maranhão já está contabilizado) e depois o Santos com 5 partidas entre janeiro e abril. No domingo (3/5), as duas equipes voltam a se enfrentar na final do Paulista, no Estádio Vila Belmiro, com transmissão para todo estado nos dois canais.

Libertadores fazendo a diferença - Corinthians e São Paulo há alguns anos já são as equipes preferidas da Tv Aberta no Estado. Porém, neste ano o fato de ambos estarem na Copa Libertadores, deixa isso mais evidente. Além dos dois clássicos, na primeira e última rodadas da fase de grupo, o Timão teve outros quatro jogos transmitidos, dois contra Once Caldas (ida e volta), um contra o San Lorenzo, na Argentina, e outro contra o Danubio, em SP.

Já o Tricolor teve outros três jogos exibidos na Globo, os dois duelos contra o Danubio e a vitória sobre o San Lorenzo no Morumbi, na terceira rodada. Em comum a essas três datas, o fato de a Band não ter transmitido futebol, já que não havia rodada do Paulista ou da Copa do Brasil.

Pontuação dos times - Desde que o Blog começou a registrar as transmissões da TV Aberta nos últimos anos, usa-se 2 pontos para os jogos da Globo e 1 para os da Band, levando em consideração a audiência maior do canal global. Quando apenas a Globo transmite os jogos, aí soma-se 1 ponto para que cada data de transmissão tenha o valor de 3 pontos.

Ao término de abril, o São Paulo lidera no ranking do Futebol Paulistano, apesar de ter também 13 jogos transmitidos. Foram 12 jogos do Tricolor transmitido pela Globo e 8 pela Band, sendo que apenas 1 deles, Santos x São Paulo pelo Paulista, não teve transmissão da líder de audiência. Totalizando assim 24 pontos + 8 pontos + 4 pontos (jogos da Globo sem Band), ou seja, 36 pontos.

O Corinthians aparece apenas um ponto atrás. Foram 13 jogos transmitidos pela Globo, com apenas um dele sem partida na Band na data, e desses 13 jogos, 8 também foram transmitidos pela Band (todos no Paulista). Assim, 26 + 8 + 1 = 35 pontos.

Em terceiro lugar está o Palmeiras, com 19 pontos no ranking. Serão sete jogos do Alviverde transmitidos, apenas um deles, o duelo contra o Vitória da Conquista na primeira fase da Copa do Brasil, com exibição exclusivamente na Bandeirantes. Seis jogos com Globo e Band (18 pontos) + 1 na Band (1 ponto).

Por fim, o Santos encerrou abril com 5 jogos transmitidos, dois deles com transmissão Globo e Band, dois clássicos contra o Palmeiras, e outros três jogos apenas da Band, contra Mogi Mirim, São Paulo e São Bernardo, em datas que a Globo transmitiu os três primeiros jogos do Corinthians na Libertadores. O Peixe soma apenas 9 pontos no ranking ([2x2] + [5x1]).

Data sem futebol - Desde o início do futebol na TV Aberta em 2015, apenas uma data não teve futebol transmitido. E, não foi em uma data Fifa, por exemplo. Por incrível que pareça, isso ocorreu no fim de semana das quartas de final do Paulista. Com São Paulo e Corinthians entrando em campo no sábado, e o Palmeiras domingo às 11h, a Rede Globo optou por não transmitir Santos x XV de Piracicaba domingo, às 16h na Vila.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ídolos no futebol: Marketing x Resultados

Festa no Morumbi para volta de Kaká
Os jogadores Kaká, do Orlando City (EUA), e Diego Milito, Racing Club (ARG), tornaram-se protagonistas no futebol sul-americano, em 2014, ao retornarem aos seus clubes de coração.

A única coincidência nesta história é que ambos voltaram aos clubes de coração e que lhe formaram, São Paulo e Racing, exatos 11 anos após sua primeira passagem.

Em 2003, Kaká deixava o São Paulo para brilhar no Milan, conquistar todos títulos possíveis e ainda ser o melhor jogador do mundo 2007. Uma passagem sem brilho no Real Madrid faria o brasileiro voltar à Itália.

No mesmo ano, Milito partiria também para a Velha Bota, onde jogaria no Genoa por duas temporadas. Seu auge seria entre 2009 e 2013, quando no ano de 2010 conquistaria tudo que é possível, dentro e fora do País.

Até aí as história são parecidas. Porém, se analisarmos o que ambos conquistaram pelos seus clubes de formação a coisa muda.

Kaká venceu apenas dois títulos no São Paulo, o extinto torneio Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista no ano seguinte. No mais, saiu pela porta dos fundos em 2003, assinando contrato com o Milan e fazendo com que seu clube embolsasse apenas 8 milhões de reais.

Diego também tem dois títulos com o Racing. Em 2001 faz parte do grupo campeão nacional de 2001, aquele que ajudou La Academia a sair de uma fila de 35 anos sem títulos nacionais.

Agora, em 2014, mais uma vez foi importante. Chegou no meio da temporada para o Torneio Transición e conquistou o segundo título nacional acadêmico em mais de cinco décadas. Já eram 13 anos sem levantar o caneco, que garantiu vaga na Libertadores após 12 anos.

Já Kaká voltou ao Brasil apenas para uma intertemporada, até poder jogar pelo seu clube, o Orlando City. Não ganhou nenhum dos três títulos que o São Paulo disputou no semestre, nem foi um grande jogador dentro de campo.

Sua única contribuição foi o espírito de garra e raça, coisa que nunca foi sua característica. Kaká realmente foi dedicado em campo, porque técnica e fisicamente já não é mais o mesmo.

Festa de Diego Milito, que tirou o Racing da fila de 13 anos

Legado que deixam - Seja ou não campeão nos próximos anos, o Racing já tem garantido um legado com a vinda de Diego Milito. Ele deu cara ao time campeão e soube conduzir o clube ao 17º nacional, não há dúvidas.

Assim, seja como for no novo Campeonato Argentino com 30 clubes em 2015 e na Taça Libertadores, Milito está escrito na história do clube de Avellaneda como um dos principais da história. Um ídolo pelos resultados conquistados.

Já Kaká, considerado ídolo da geração dos anos 2000, ainda não pôde entrar na seleção de principais nomes da história Tricolor. Um Rio-São Paulo e um Supercampeonato Paulista, este disputado em apenas quatro jogos, não garantem tal posto ao jogador.

Até fim de 2014, Kaká é um ídolo de Marketing para o Tricolor, dentro e fora de campo. Serviu para vender camisas e mostrar aos companheiros que mesmo não chegando perto do que era como melhor do mundo, com vontade é possível vencer partidas.

Caso em 2015 o clube do Morumbi venha ganhar algum título de expressão, aí sim Kaká terá deixado um legado, mesmo que indiretamente. Seja como for, a temporada que se aproxima promete muito para os dois clubes. Aguardemos para ver!





quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Coritiba: Contrariando as estatísticas

Diferentemente do G4, em que os quatro primeiros colocados foram presença constante entre os quatro melhores da parte superior da tabela do Campeonato Brasileiro de 2014, na parte inferior da classificação a situação este ano foi diferente.

Curiosamente, o time que por mais tempo frequentou o Z4 não foi rebaixado para a Série B em 2014. Com bons resultados nas últimas rodadas do campeonato, o Coritiba conseguiu se salvar da queda, mesmo ficando entre os quatro últimos colocados em 27 das 38 rodadas do torneio.

Foram cinco passagens na temida zona do descenso: da quarta a 15ª, somando 12 rodadas no Z4, outras cinco da 17ª a 21ª, mais sete da 23ª a29ª, duas nas 31ª e 32ª e, um último momento de sofrimento para a torcida, na 35ª.

Se tal "injustiça" ocorreu com o Coxa Branca, o mesmo não pode se dizer de Criciúma, Botafogo, Vitória e Bahia. Os quatro estiveram por menos tempo no Z4, que o Alviverde, mas mesmo assim por um período significante.

O Tigre catarinense, lanterna da edição, registrou 26 das 38 rodadas no Z4. No 18º lugar, o Tricolor baiano esteve lá embaixo em 22 rodadas, seguido de perto pelo Alvinegro carioca, com 21, e pelo Rubronegro, com 20. Ou seja, fizeram por merecer.

A diferença entre os quatro rebaixados com o time paranaense, é que o Coritiba encontrou forças para reagir na hora certa. Assim como na primeira colocação, na composição do G4, ou então no Z4, o que vale é a classificação após 38 rodadas, mesmo que nas outras 37 o time esteja em uma posição confortável, ou não.

Demais clubes que passaram pelo Z4 - Outros seis times estiveram em algum momento do campeonato na zona do rebaixamento. Deles, o Figueirense foi quem mais tempo assustou sua torcida: 15 rodadas. Em seguida, seu conterrâneo Chapecoense, com sete, e os grandes Palmeiras e Flamengo, ambos com seis rodadas.

Completam a lista Grêmio e Atlético-MG, com apenas uma rodada cada no Z4. E, diga-se de passagem, rodadas consideras insignificantes. Enquanto os gaúchos estiveram na zona apenas na primeira rodada, o Galo esteve lá na terceira.

Coxa branca assusta pelo segundo ano consecutivo - Enquanto em 2014 o Coritiba foi o time mais assíduo do Z4, em 2013 ele foi um dos menos, com apenas duas rodadas na zona. Porém, para preocupação dos seus torcedores, em duas rodadas consideras de alto perigo: 34ª e 36ª.

No fim da edição passada, o time de Couto Pereira encerrou o Brasileirão em 11º. Por mais que pareça uma posição "tranquila", foram apenas quatro pontos de diferença para a Portuguesa, 17ª. As vitórias contra Botafogo, por 2 x 1 em casa, e por 1 x 0 na última rodada, sobre o São Paulo, em Itu, garantiram ao Coxa o ano novo feliz, à época.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Brasileirão 2014: No fim, G5

Muito se falou durante a edição de 2014 do Campeonato Brasileiro de futebol se teríamos um G4, G5 ou até G3, que era possível. Tudo isso em função das cinco vagas que os times do Brasil tem direito na tão desejada Taça Libertadores da América.


O que é definido pela CBF, entidade máxima do futebol, é que quatro clubes se classificam pelo campeonato nacional e um quinto pela Copa do Brasil, tradicional torneio mata mata do País. Apenas a Sul-Americana poderia alterar isso, caso o campeão fosse brasileiro. Neste caso, ele "roubaria" a vaga do quarto colocado do Brasileirão.


Em certo momento do campeonato, os quatro sobreviventes da Copa do Brasil eram Cruzeiro, Santos, Atlético-MG e Flamengo. Enquanto os dois mineiros sempre figuraram no topo da tabela, a dupla de Rio-SP esteve em maior parte do campeonato na parte intermediária.

Assim, para que o G4 virasse G5, era necessário que Raposa ou Galo fosse campeão, para que não houvesse muita confusão na parte de cima. Neste tempo, antes que os mineiros garantissem vaga na final, o criticado Mano Menezes, do Corinthians, defendeu-se de críticas dizendo que o time dele estava no G5 naquela oportunidade.

Como o Galo era um dos quatro primeiros colocados à época, o treinador corintiano debruçou-se nessa teoria e ironizou a imprensa paulista, uma vez que o Timão era o 5º colocado. No fim, após as 38 rodadas, o Corinthians seria o 4º colocado, enquanto o Atlético-MG foi o 5º, ambos classificados para a Taça.


Desta forma, o G4 foi mesmo G5, mesmo que a vaga do alvinegro mineiro acabou vindo pela Copa do Brasil. O título do certame mais importante do País ficou com o Cruzeiro, enquanto São Paulo e Internacional ficaram com as outras duas vagas.


Assiduidade no G4 - Coincidência ou não, os clubes que mais tempo passaram no G4 foram aqueles que garantiram a vaga na Taça Libertadores pelo Campeonato Brasileiro. O campeão Cruzeiro foi recordista, com 36 das 38 rodadas no pelotão. Em seguida, vieram Internacional, com 28 rodadas, São Paulo, com 27, e Corinthians com 25.

Enquanto o Atlético-MG esteve no G4 por nove rodadas, os dois principais postulantes que ficaram de fora da competição sul-americana foram Fluminense e Grêmio, com 13 e seis rodadas, respectivamente.

O Flu esteve no G4 por 12 vezes entre a 1ª e a 15ª rodada, aparecendo de novo apenas uma vez, na 32ª. Já o Tricolor gaúcho, do técnico Luis Felipe Scolari, que reclamou de perseguição, esteve no G4 da 5ª a 7ª rodada e depois apenas na 27ª,  33ª e 34ª. Será que ele estava certo de reclamar?

Em resumo, o campeonato,  na parte de cima da tabela, beneficiou aqueles que mais regularidade tiveram durante o torneio.
Assim como os quatro do G4 estiveram mais tempo no grupo de classificados a Libertadores, na definição do título Cruzeiro e São Paulo fizeram valer as estatísticas. Os mineiros estiveram na liderança por 33 das 38 rodadas e os paulistas na vice em 19 rodadas. Justiça feita. Que venha logo a temporada 2015!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Paulista 2014 chega à sua metade com Santos e Palmeiras favoritos ao título; Já São Paulo e Corinthians...

Passadas sete rodadas de um total de 15 na primeira fase do Campeonato Paulista de 2014, santistas e palmeirenses tem bons motivos para acreditar no título do torneio. Ambos tem campanhas iguais, são seis vitórias e um empate, com aproveitamento de 90,4%.  Já são-paulinos e corintianos, desses eu falo depois...


Com melhor saldo de gols e também mais tentos marcados, o Peixe tem a melhor campanha do Paulista. São 17 feitos e quatro sofridos, contra 14 feitos e os mesmos quatro tomados pelo Verdão. No time alvinegro, o artilheiro é a promessa Gabigol, com quatro gols.


No Aliviverde, a artilharia está com Alan Kardec, que na última partida desperdiçou o quarto gol no campeonato, ao mesmo tempo jogou fora a possibilidade de manter o time 100%, porque se faz o penal, o Verdão ganharia de 2x1 do Audax.


Coincidentemente, os dois clubes que brilham foram aqueles que jogaram em casa no primeiro clássico da temporada. O Santos fez 5x1 no Corinthians dentro do Alçapão, deixando o rival em uma grande crise. Crise esta que, por ser início de temporada, ainda é de se ignorar.


Já o Palmeiras fez um jogo perfeito contra o apático time do São Paulo. De um lado se viu um time sobrando em campo, correndo e se entregando taticamente. Do outro, um time sem esquema tático, sem vontade e sem finalizar. Sem nada.


Falando de São Paulo e Corinthians, a patética troca entre Jadson (definitivo) e Alexandre Pato (por dois anos de empréstimo) mostram como os dois clubes estão perdidos.


Jadson não fará falta alguma ao time Tricolor. E, mesmo sendo um jogador, teoricamente diferenciado, Pato também não faz falta ao Timão. Mas não é compreensível rivais se reforçarem, ainda mais por vontade própria.


No Paulista, o São Paulo faz uma campanha razoável. São quatro vitórias e três derrotas. Quando joga em casa, ganha. Quando joga fora, perde. Não encontrou adversários a altura em casa e, seja qual for o nível do rival, fora de casa simplesmente andou em campo.


O alerta para Muricy deve ser aceso, pois historicamente seus times demoram a embalar. Se o negócio começar a andar apenas em outubro, acredito que será tarde para brigar por títulos.


Já o Corinthians tem a pior campanha entre os quatro grandes. Venceu os dois primeiros jogos, perdeu os quatro seguintes e empatou o último. Para um clube da grandeza corintiana, ficar cinco jogos no Paulista sem vencer é inaceitável.


Porém, ao mesmo tempo que gritam e esperneiam dizendo que o clube está em crise, vale lembrar que a decisão do torneio será no mata-mata. A única vantagem de quem tem campanha melhor é jogar em casa, ou seja, se o Timão enfrentar o São Paulo em uma hipotética semifinal, a história recente mostra que não há dificuldades.


Se enfrentar o Palmeiras ou Santos em dois jogos, em uma provável final, também não há favoritos. Isso porque no futebol, apenas o peru morre de véspera. Quando o assunto é clássico, tudo pode acontecer. Pelo contrário, são os jogos mais suscetíveis a resultados inesperados.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A brilhante fórmula do Paulistão 2014

O Campeonato Paulista 2014 de futebol iniciou-se neste fim de semana com dez jogos. Pressionada pelos atletas e pela realização da Copa do Brasil em 2014, a FPF (Federação Paulista de Futebol) viu-se obrigada a alterar a fórmula do Campeonato Paulista.

O turno único manteve-se, porém as 20 equipes foram divididas em quatro grupos de cinco. Ou seja, a primeira fase passou de 19 jogos para 15. Ganhou-se em teoria quatro rodadas de descanso para os jogadores.

Porém, a mudança mostra como o regulamento é pífio. Os times enfrentarão os rivais dos outros três grupos, menos os de seu próprio.

A primeira rodada mostrou como o negócio é mal feito. Os cinco time do grupo A enfrentaram os do D, enquanto aqueles do B duelaram contra os do C.

E o que aconteceu? No duelo A x D, todos os time do grupo D venceram. Ou seja, todo mundo tem três pontos, desempatados pelo saldo de gol. O mesmo vale para o A, porém todos com zero ponto.

Bragantino, Mogi Mirim, Palmeiras, Oeste e Rio Claro venceram, respectivamente, São Paulo, Comercial, Linense, Penapolense e Atlético Sorocaba.

Entre grupos B e C o negócio foi mais equilibrado. Uma vitória do Corinthians no grupo B, duas vitórias no C com Santos e São Bernardo, além de um empate entre Audax e Paulista.

A fórmula só servirá para acirrar os ânimos entre as torcidas. Porque o torcedor do Palmeiras que goza o são-paulino pela derrota de ontem, em Bragança, mal percebe que a derrota do São Paulo foi ruim para seu time.

Pela tabela, nas cinco primeiras rodadas são formadas pelos duelos A x D e B x C, nas cinco seguintes A x C e B x D, e nas cinco últimas A x B e C x D.

Ou seja, nas últimas cinco rodadas os grupos de São Paulo x Corinthians se enfrentam. Caso um dos dois grandes esteja classificado, ele pode simplesmente atrapalhar o rival perdendo para o adversário x ou y.

Mais uma fórmula "brilhante", feita por pessoas que ficam no escritório em seus ares-condicionados e não pensam muito no que estão fazendo. Não vão a campo com frequência, então não entendem muito o que acontece lá dentro.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Como explicar a demora de São Paulo e Corinthians para contratarem?

Passadas duas semanas de 2014, somadas com mais algumas do término da temporada passada, São Paulo e Corinthians seguem sem empolgar seus torcedores no que diz respeito a contratações.

Mas até que ponto isso é um grande problema? No fim de 2013, Juvenal Juvêncio foi contraditório (sim, acredite). Primeiro disse que sua torcida teria bons presentes de fim de ano. Mas em seguida colocou os pés no chão ao dizer que no ano da Copa do Mundo, tudo estaria supervalorizado.

E realmente é verdade. Cada vez mais voltam ao Brasil medalhões europeus, que deixaram saudades em suas torcidas ao saírem do País anos atrás. Alguns recebendo, inclusive, salários similares aos da Europa. O problema é que esses ou estão em baixa, como Luís Fabiano por exemplo, ou não mostraram porque vieram, como Alexandre Pato.

Até o momento, o Tricolor Paulista trouxe apenas Luís Ricardo, ótimo lateral  por sinal, contabiliza Roger Carvalho, zagueiro que chegou machucado em 2013, e tenta a todo custo trazer Souza, volante do Grêmio, em troca com o zagueiro Rhodolfo.

Já o Corinthians até agora trouxe também apenas o lateral esquerdo da Ponte Preta, Uendel, que na semifinal da Sul-Americana garantiu sua vinda, ao passar sem dificuldade pela defesa são-paulina na superlativa vitória por 3 x 1 no jogo de ida do Morumbi. O lateral Fagner, que começou no Coringão, também esta próximo. Assim como Bruno Henrique, da Portuguesa.

Mas se fizermos uma análise fria, tanto Corinthians quanto São Paulo não estão errados na postura. O que eles irão disputar no primeiro semestre? O Campeonato Paulista, que ninguém chora se não for campeão, e as três primeiras fases da Copa do Brasil, teoricamente.

Ambos os clubes encerraram o Brasileiro em colocações intermediárias, mas tem peças em seus elencos que podem fazer diferença. Luís Fabiano, Ganso, Jadson, podem levar o Tricolor à Glória, porque não? Assim como Pato, Renato Augusto, Ralf e cia também, são os mesmos que conquistaram dois títulos em 2013.

Não costumo defender dirigentes de futebol. Mas, prefiro que não façam loucuras tendo em conta que o semestre é praticamente perdido, do que contratem jogadores como fez Palmeiras e Santos.

Mais necessitado de contratar, por subir para a Série A e por ter em 2014 o ano de seu Centenário, o Verdão se reforçou com nomes medianos que não devem fazer grandes partidas. Além disso, gastou 8 milhões de reais por 64% do atacante Leandro. Francamente, um erro ao meu ver.

O Santos foi mais além. Trouxe com apoio de um parceiro o atacante Leandro Damião. Ótimo jogador, que viveu altos e baixos no Inter. Mas o que assusta é o valor: 42 milhões de reais. Em um negócio da China, pois o Santos terá que pagar ao grupo que trouxe o atleta os 42 mi, além de juros, caso não consiga vende-lo nos próximos 5 anos.

Entre as loucuras cometidas por Alvinegros/Alviverdes, e os pés no chão de Tricolores/Alvinegros, fico com a segunda turma. Porque até o Brasileiro e a Copa do Brasil pegarem fogo, lá para setembro mais ou menos, há um grande caminho a percorrer, e muitos euros/dólares/reais a serem gastos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Feliz 2014, ano que promete ser difícil para os grandes paulistas

A temporada de 2014 começa sem grandes expectativas para o quarteto paulista, formado pelos paulistanos Corinthians, Palmeiras e São Paulo, e pelo "Glorioso Alvinegro praiano". Sem nenhum deles na próxima Taça Libertadores, o Campeonato Paulista deste ano promete ser o estadual mais disputado dos últimos tempos.

Isso porque todos os outros três torneios que os quatro clubes podem disputar, Copa do Brasil e Brasileiro, com toda certeza, e Sul-Americana, que é disputada dependendo de não se classificar para a 4ª fase no mata-mata da Copa (brilhante fórmula de classificação), serão definidos no mês de dezembro.

Além disso, a fórmula de 2014 promete ser mais interessante que a dos últimos anos. Continuam classificando-se oito clubes para as quartas de final. Porém, dessa vez os times estão em quatro grupos de cinco equipes, que curiosamente nenhuma delas se enfrentam. Os dois melhores de cada grupo classificam-se, o que aumenta as chances de quartas de final entre gigantes e, quem sabe, final com times do interior, porque não.

Por ter garantido a classificação à Série A de 2014 bem cedo, em meados de outubro, o Palmeiras larga na frente dos demais. Começou a pré-temporada alguns dias antes e estará mais inteiro para o seu Centenário. Além disso, já anunciou algumas contratações como os atacantes Diogo (ex Portuguesa) e Rodolfo, e também tem tudo adiantado com o zagueiro Lúcio.

O Santos também é forte candidato. Talvez o maior de todos, pela qualidade do elenco. Nomes como Montillo, Cícero (se continuar) e Thiago Ribeiro, somados ao contratado Leandro Damião e à possível vinda de Vargas, aquecerão o clima na Vila Belmiro, que tem sido quente nos primeiros dias de Verão.

Iniciando um processo de reformulação após ganhar tudo nos últimos anos, o Corinthians é um incógnita para esta temporada. Ao mesmo tempo que a chegada de Mano Menezes pode trazer força para o clube, a saída do multicampeão Tite pode forçar Mano a ter bons resultados logo. A base até o momento é a mesma de 2013.

A expectativa dos alvinegros é que o novo (antigo) técnico injete ânimo nos jogadores e conquiste um título de expressão, após um ano de vitórias (Paulista e Recopa), mas com pouca pompa se comparado aos anos de 2011 e 2012.

Quem deve ter o ano mais difícil é o São Paulo. O clube teve na última temporada o pior ano de sua história recente e,talvez, de todos seus quase 80 anos. Muricy Ramalho terá que trabalhar muito para conseguir algo que não seja apenas manter o time na primeira divisão nacional ou classificar-se para a Libertadores.

O torcedor, que vê até agora apenas um ótimo reforço, o de Luis Ricardo, e uma saída, a de Aloísio num verdadeiro negócio da China, não pode esperar grande coisa do atual elenco. Espero que minha tese de que em 2013 eles apanharam o suficiente para estarem maduros em 2014, seja bem sucedida.

No entanto, como os holofotes estão todos virados para a eleição de abril, que finaliza o ciclo vencedor/perdedor de Juvenal Juvêncio, as chances de título para o Tricolor Paulista se torna algo muito distante.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Balanço de 2013 do futebol paulista e brasileiro

Com a derrota do Atlético-MG para o Raja Casa Blanca, por 3 x 1, pela semifinal do Mundial de Clubes do Marrocos, a temporada de 2013 praticamente se encerra para os clubes brasileiros.

Antes de fazer um pequeno balanço do que vimos, peço desculpas pelos dois meses sem atualizar o Futebol Paulistano. Infelizmente os afazeres laborais me tomaram grande parte do tempo.

Grandes Paulistas
Entendo que nenhum dos quatro paulistas tiveram muito o que comemorar. Quem pode me xingar são os corintianos, campeões do Paulista-13 e da Recopa das Américas.

Ao meu ver, ganhar o Paulistinha já não é a meta de nenhum torcedor dos grandes de SP. Já a Recopa é um título que não vale muita coisa, mesmo sendo vencido diante do rival São Paulo. Sinceramente, duvido que daqui 10 anos um alvinegro vá falar "lembra daquele título da Recopa!".

Tirando o Corinthians com esses dois títulos, quem também triunfou foi o Palmeiras. O clube de Palestra Itália foi campeão da Série B do Brasileiro. Acredito que comemorar isso não representa a história do Verdão.

Já São Paulo e Santos viveram um ano muito difícil. Pior foi para o São Paulo, que brigou para não cair no Brasileiro-13 faltando algumas rodadas para o término. O Santos terminou por cima a temporada. Além de ser o melhor do estado no Nacional, já começou 2014 bem, com a contratação de Leandro Damião.

Pequenos-grandes Paulistas
Gostaria de destacar o que fez a Ponte Preta na Sul-Americana. Desbancou equipes favoritas como Vélez Sarsfield e São Paulo, porém foi barrada pelo Lanús.

É uma situação delicada. Chegar à final de um torneio internacional seria o suficiente para louvar o time de Campinas. Mas, ao meu ver, o vice-campeonato não vale absolutamente nada para um clube que nunca foi campeão de um torneio.

Quanto a Lusa, parabenizo por ter feito dentro de campo um Brasileiro razoável, sem ter caído ao término das 38 rodadas. Porém, lamento que forças maiores (STJD e CBFlu) conseguiram rebaixar a equipe para a Série B, com a escalação irregular de Héverton, na última rodada, e a perda de 4 pontos.

Algo de muito estranho tem nessa história. Rogo a Deus que alguém apure e investigue. Se por 9 anos um advogado fez bem seu papel no STJD para a Portuguesa e, coincidentemente, um dia não fez seu papel para o clube, é porque tem coisa errada na história.

Brasileirão 2013
O Cruzeiro ganhou com sobras o campeonato. No começo ninguém apontava o time de Borges, Dagoberto e cia como favoritos, mas o técnico Marcelo Oliveira soube montar uma equipe que joga pra frente, sem medo de perder.

Outro vencedor do campeonato foi o Atlético-PR, terceiro colocado. Provou que deixar de lado o estadual é um grande negócio e chegou voando na competição.

Botafogo e Grêmio garantiram a vaga na Libertadores, integrando o G4. Parabéns aos clubes, mesmo não acreditando que tenham condição de ser campeões do torneio continental.

Ainda sobre o campeonato, lamento a queda da Lusa para a segunda divisão. Os homens de terno definiram o rumo das coisas. A CBF ser incompetente não é novidade, mas preferirem responsabilizar o clube por uma falha na regra é o jeito brasileiro de resolver as coisas.

Que os clubes luso-brasileiros, Vasco da Gama e Portuguesa, subam com louvor e merecimento. E que, cedo ou tarde, o Fluminense pague suas contas com o futebol (96, 2000 e 2013).

Copa do Brasil
O Flamengo garantiu o título de 2013 do segundo torneio mais importante do futebol nacional. Mesmo com a 16ª colocação do Brasileiro (perdeu 4 pontos no tapetão do STJD), venceu equipes da ponta de cima da tabela, como Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR.

Essa é a prova de que camisa e estádio grande lotado, como o Maracanã, ganha jogo. Ao meu ver, o Mengo é limitado no papel. Mas nomes como Elias e Hernane "Brocador" fizeram a diferença.

Libertadores e Mundial
O Galo viveu um ano de ida do céu ao inferno. Conseguiu ganhar uma Libertadores com muita emoção, passando por semifinal e final nos pênaltis, mas no Mundial...

No Mundial de Clubes o Atlético fez feio. Não teve interesse e vergonha na cara para enfrentar o Raja Casa Blanca. Jogou com a arrogância do seu líder, Ronaldo Gaúcho, que joga por diversão. Pagou um preço caro, mas justíssimo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Grêmio, Atlético-PR ou Botafogo podem criar o G5 no Brasileirão

Encerra-se nesta semana as quartas de finais da Copa do Brasil 2013, que tem os duelos entre Atlético-PR x Inter, Grêmio x Corinthians, Vasco x Goiás e Flamengo x Botafogo.

Nos jogos de ida, apenas o Goiás venceu, por 2 x 1 em Goiânia. No clássico carioca e no sul o placar foi 1 x 1, enquanto entre Timão e Tricolor o placar não saiu do zero.
Para alguns clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, torcer por Grêmio, Atlético-PR ou Botafogo serem campeões é uma boa, se sonham em disputar a Taça Libertadores de 2014.

Clubes como Vitória ou Santos, que já saíram da competição nacional, estão longe do G4, mas próximo de um possível G5, que tem o Goiás na quinta colocação com 46 pontos. Os baianos tem 44 e os santistas 43.

Curiosamente, entre os clubes que estão na disputa do torneio mata-mata, alguns deles podem sonhar com a vaga pelo Brasileiro, caso sejam eliminados: Inter, Corinthians, Goiás e Flamengo.

Dos oito clubes na disputa das quartas de finais, apenas o Vasco está longe de um possível G5. O time de São Januário se encontra na 17ª colocação, lutando para não cair.